Se você sofre com a anestesia, este texto é pra você. Afinal, um dos procedimentos mais comuns na Odontologia é a anestesia. Mas esse também pode ser um dos piores momentos para o paciente e ainda, você pode ser tachado de um dentista de mão pesada. E isso, ninguém quer! 

Mas como fazer com que a anestesia seja segura e sem dor? O segredo está na técnica e na seringa carpule adotada. Vamos dar algumas dicas essenciais para que sua anestesia seja segura, sem dor, fazendo com que seu paciente fique fiel a você. Confira! 

Saiba mais sobre a carpule e a anestesia odontológica 

A anestesia odontológica é um procedimento seguro, sendo utilizado desde 1893. Ela é desde sempre associada ao medo e a ansiedade sentida pelo paciente. Porém, a anestesia odontológica é essencial para a tranquilidade do procedimento. 

Isso poque com a região anestesiada, o dentista consegue trabalhar de modo efetivo, realizando os procedimentos necessários. 

A anestesia utilizada na odontologia utiliza um equipamento denominado seringa carpule. Os modelos mais tradicionais de carpule são de metal, esterilizáveis e possuem um aspecto que pode transmitir ansiedade ao paciente. 

A carpule tradicional possui sua lateral vazada, por onde é possível observar o tubete de anestésico. Existem modelos mais modernos, descartáveis, nos quais o anestésico é colocado dentro da carpule, ficando protegido do contato com mucosas e tecidos. 

Como fazer com que a anestesia seja segura e sem dor?

 – Escolha correta do anestésico 

A primeira ação é escolher corretamente o tipo de anestésico a ser aplicado. Para isso, informações sobre seu paciente são fundamentais. 

Um dos anestésicos mais utilizados é a lidocaína, mas ela não é a única no mercado. Há também a prilocaína, articaína e mepivacaína. A diferença entre eles está no tempo de duração e toxicidade. 

Assim, ter o conhecimento adequado é fundamental. 

Lembre-se também que há procedimentos que exigem uma duração maior do anestésico. No caso de exodontia de terceiros molares, por exemplo, ou cirurgias de implante, a mepivacaína deverá ser preferida, por ter maior tempo de atuação. 

Vale sempre lembrar que ter informações sobre a saúde geral do seu paciente é fundamental. Ou seja, se você vai atender uma paciente grávida, ou com pressão alta, que faz uso de medicações, é importante você ter todas as informações necessárias. 

Outra questão que sempre surge é usar ou não vasoconstritor. Há diversos profissionais que preferem não fazer uso do vasoconstritor em algumas situações, já outros afirmam que o estresse ao paciente é bem mais nocivo que o efeito do vasoconstritor. 

De qualquer forma, é sempre bom atender o paciente em condições favoráveis, ou seja, com a pressão arterial controlada, glicemia estável e no momento ideal da gravidez. 

– Escolha ideal da agulha gengival 

Para anestesia odontológica, existem diferentes marcas de agulhas gengivais. 

Além disso, há diferenças no comprimento das agulhas, que podem ser curtas, longas ou extracurtas. 

O comprimento e o calibre da agulha estão relacionados e a escolha do profissional depende da técnica anestésica de escolha e do profissional. 

As agulhas extracurtas têm aproximadamente 15 mm de comprimento, com calibre 30G (Gauge) e são mais usadas na odontopediatria. Já as agulhas curtas têm de 20 a 25 mm de comprimento e calibre 30 G. Por fim, as agulhas longas têm mais que 30 mm de comprimento e calibre 27 G. Assim 

A medição do calibre da agulha, em Gauge tem a seguinte transformação, para milímetros: 

  • 30 G = 0,3 mm; 
  • 27 G = 0,4 mm; 
  • 25 G = 0,5 mm. 

Portanto, é possível observar que quanto maior o comprimento, maior será o seu calibre. Entretanto, cabe realçar que as industrias de agulhas de melhor qualidade projetam e executam os cortes de bizeis de forma deixarem as agulhar muito menos traumáticas que no passado. Então leve em conta a qualidade das agulhas a serem utilizadas no seu consultório.  

Vale também fazer uma relação da agulha escolhida com a técnica anestésica. Por exemplo, em uma técnica anestésica como a anestesia pterigomandibular, são necessários em média 18 mm de distância para se chegar no nervo alveolar inferior, antes dele entrar no forame mandibular. 

De fato, se for utilizar uma agulha curta, com menos que 25 mm, para se fazer uma técnica pterigomandibular, pode ser mais difícil e nesse caso, uma agulha longa deve ser preferível. 

O risco da agulha fraturar também está relacionado com o seu comprimento. Embora extremamente baixo, o risco existe, sendo o risco é de 1 para 14 milhões. 

Esse risco é maior sobretudo quando se usa agulhas curtas em técnicas que necessitariam de agulhas longas. 

– Aplicar anestesia tópica 

Embora muitos profissionais prefiram não utilizar a anestesia tópica, ela auxilia o paciente a sentir menos dor, até mesmo por um efeito psicológico. 

Quando o dentista aplica a anestesia tópica e aguarda um tempo para fazer efeito, o paciente sente-se mais “cuidado” e assim, há uma redução do estresse, o que fará ele sentir menos dor durante a aplicação da anestesia. 

– Fazer a técnica adequada, com a mão firme e com leveza 

A carpule deve ser manejada com cuidado e calma. O tubete deve ser posicionado corretamente, bem como a agulha descartável inserida. 

Coloque a agulha na carpule, sempre observando se a agulha está alinhada com o corpo da Carpule. Só retire o invólucro protetor com a agulha devidamente travada. Não deixe a agulha descoberta e se seu paciente for receoso, procure não ficar mostrando a agulha para ele. 

Fazendo a técnica correta, a mão deve ser firme, mas, ao mesmo tempo, leve. Não há necessidade de correr e o anestésico deve ser aplicado lentamente. Não tenha pressa nesse momento.

Para a segurança do paciente, nunca se esqueça de fazer o teste de refluxo sanguíneo, antes da efetiva injeção da solução anestésica. 

– Escolha uma carpule diferenciada 

Se você já segue todas essas dicas e mesmo assim, sente que a carpule é antiquada, então, está na hora de conhecer a JetClean

A JetClean é uma carpule descartável, extremamente leve, que facilita a execução da anestesia, justamente por ser bem mais leve que uma carpule tradicional. 

Dessa forma, sua mão não irá pesar e você conseguirá a leveza que necessita para a anestesia. 

Conclusão 

O manejo da carpule é fundamental para uma boa, leve e eficaz técnica anestésica. Procure sempre manejar a carpule com calma, faça boas escolhas de anestésicos, use a agulha ideal para a técnica e tenha calma ao executar o procedimento. 

Dessa forma, sua anestesia será segura e seu paciente sentirá mais confortável no seu consultório.