Para início desta conversa temos que deixar claro que no imaginário do paciente a entidade “dentista” é muito mais ampla e complexa do que simplesmente pensar na figura pessoal do profissional.

Apesar de não parecer, o cliente aprecia e prestigia a vanguarda e inovação do seu dentista.

Aqui, estamos falando de um “bundle” que, além incluir o dentista, propriamente dito, que obviamente precisa estar atualizado tecnicamente, temos que empacotar: o nível tecnológico do consultório, a formação dos seus colaboradores e até a gestão e administração de estoques e respectivas qualidades. Só para referência vamos dar um nome para este pacote: consultório XXI.

Quais são os diferenciais do consultório XXI ?

Quer um exemplo? Hoje, existem diluentes orgânicos que eliminam completamente o mau cheiro, tão comum, na cuspideira que está ali do lado do paciente. Parece tão pouco importante, mas não é. É um diferencial, que o colega não tem. 

Tecnicamente imprescindível? Não, mas a vantagem competitiva obtida é indiscutível.

Entretanto, hoje, com as mudanças globais, a conclusão que se chega é que vale mais a pena que o dentista foque nas inovações que impactem seus pacientes. Ou seja, aquelas modernidades que podemos perceber claramente. 

Quando nos colocamos no papel de paciente, intuitivamente, desejamos que o nosso dentista invista nas novidades que venham de encontro com o nosso benefício, que nos proporcione um tratamento de ponta, com as melhores técnicas e melhores ferramentas tecnologicamente disponíveis.

É claro que este diferencial se inicia na instalação, propriamente dita, do consultório. O modelo da cadeira, o mobiliário de apoio e até a cor das paredes são importantes para a criação de um ambiente confortável e relaxante para receber o paciente, que em geral já entra com medo, descompensado e que só está ali por total necessidade. Ah, não podemos nos esquecer da antessala de espera, da área de esterilização, nem do nível de atendimento da secretária, além da competência da assistente.

É de constatação geral, que temos procedimentos que exigem instrumentos que são considerados, pelos pacientes, como ferramentas de tortura medieval. Só de pensar, já aumenta a pressão arterial. É medo mesmo.

Modernizar para manter a vantagem competitiva

O trio tortura mais consolidado é composto por um pódio em que o campeão é o equipamento de alta rotação. O seu ruído, por si só, deixa o paciente pequenino na cadeira de tanto medo do que está para acontecer.

Os consultórios XXI estão usando motores elétricos silenciosos.

Tecnicamente imprescindível? Não, mas a vantagem competitiva obtida é indiscutível.

Vamos direto para o terceiro lugar, que é o fórceps odontológico, o famoso boticão de extrações. É um terror. Melhora-se o astral, e muito, com a sedação do paciente, obtida com a inalação de oxido nitroso.

Tecnicamente imprescindível? Não, mas a vantagem competitiva obtida é indiscutível.

Vamos esticar um pouco a conversa e falar, agora, do vice-campeão das torturas.

E com vocês: a aplicação da anestesia!

Só de pensar dá um arrepio!

Aquela ferramenta monstruosa, que faz um click mortal quando chega o momento fatal: quando o dentista instala o tubete de anestesia.  Estamos falando da seringa carpule metálica e sua fiel escudeira, a enorme agulha gengival. O paciente acha até que pode ser considerada uma arma branca!

O interessante é saber que as melhores indústrias de agulhas estão cada vez mais automatizadas e os robôs conseguem proporcionar bizéis extremamente precisos, tanto no corte, como nos diversos ângulos necessários para que a punção seja realmente atraumática.

Veja que a tecnologia avançou, mas ainda não impactou o seu paciente. Sabe porque? Ele não é um expert no assunto. O que ele vê, continua sendo aquele imenso instrumento de ferro, que vai furar a sua boca, sem piedade!

Design moderno em benefício do paciente

Pensando neste momento de tensão do paciente, chegou no mercado a JetClean, uma seringa carpule que muda tudo. Ela é descartável, estéril e isola totalmente o tubete anestésico dentro dela, garantindo a cadeia asséptica. . 

Mas vamos entrar no que importa: O novo design da seringa, que esmaga o ultrapassado, além de ser muito mais leve, o que ajuda a ergonomia do dentista, é light, colorida. É moderna. Sua imagem se dissocia daquela, que causa tanto impacto negativo. 

Impacta o paciente, então chegamos ao consultório XXI. 

Tecnicamente imprescindível? Aparentemente não, mas a vantagem competitiva obtida é indiscutível.

Materiais e procedimentos incompatíveis com os consultórios XXI

Cabe aqui mostrar uma lista de materiais e procedimentos que já não são compatíveis com os consultórios XXI:

  • Escovação manual de instrumentais contaminados;
  • Não realização de teste de refluxo sanguíneo;
  • Fila de espera na ante-sala;
  • Silicones de condensação;
  • Placa base;
  • Gutapercha;
  • Anestésicos em tubetes de plástico;
  • Estufa;
  • Autoclave que não tem sistema de vácuo;
  • Filme de raios X;
  • Instrumental cromado;
  • Resinas de baixa qualidade; 

A experiência do paciente como prioridade

Dá para escrever muito mais, mas o objetivo deste post é levar aos dentistas, uma realidade que só vai ser vencedora para os que perceberem que o olhar do paciente é o que mais importa.

O mercado global exige a conexão da visão do empresário-dentista com um consultório alinhado com o estado da arte.

A odontologia como business sabe que a concorrência é feroz.

Pelo que se tem visto, a maioria dos profissionais ainda não está preparada para esta maratona.

Excelente!

Isso pode ser ótimo!

Quem se diferenciar vai ser premiado. Abuse das vantagens competitivas para ser vencedor!

Seja você mesmo o gestor do seu negócio XXI.

Sempre ele, o Marketing

Finalizando, entre as múltiplas atribuições que estão no seu ombro, olhe com atenção para a comunicação. Sempre que usar uma novidade é imprescindível informar ao paciente sobre a inovação, tipo: 

– Você reparou que aqui não tem o ruído do “motorzinho”; preferimos os motores elétricos de última geração. É silencioso.

Lembre-se, que tudo o que é óbvio para o profissional, não o é para o paciente. Ele não é expert, mas você pode e deve ajuda-lo a absorver as inovações que “só” o seu consultório oferece.