A aplicação de anestesia em procedimentos odontológicos se faz necessário muitas vezes para reduzir a dor que o paciente sente durante o procedimento. 

Embora a anestesia seja um procedimento bem estabelecido e bastante comum para o dentista, para o paciente, esse pode ser o maior motivo de medo e estresse durante o tratamento odontológico. 

Dessa forma, vamos falar sobre como não ter complicações durante a anestesia odontológica, dando 10 dicas importantes para você, profissional, que sabe da importância e da necessidade da anestesia no seu dia a dia em seu consultório. 

1 – Avalie Bem Seu Paciente 

Para que o procedimento anestésico ocorra tranquilamente, minimizando as chances de complicações, a primeira dica é conhecer e avaliar bem a saúde de seu paciente. 

É fundamental saber sobre seu histórico de saúde, se possui alguma alergia, se já teve algum problema com algum medicamento ou anestesia anteriormente. 

Além disso, ele possui alguma doença? Toma medicamentos de uso crônico? Quais medicamentos são esses? 

Se tem algum problema de saúde, como diabetes, por exemplo, como anda sua glicemia? Ele se alimentou antes de vir ao consultório ou está em jejum prolongado? 

Caso tenha pressão alta, essa pressão está controlada? 

Ele ou ela é um paciente que sofre de quadros severos de ansiedade? 

Todas essas informações são fundamentais e devem constar da ficha do paciente. Dessa forma, tendo um quadro realista da saúde do seu paciente, o profissional conseguirá avaliar qual o melhor tipo de anestésico, quantidade, bem como duração do procedimento, minimizando riscos. 

2 – Diminua sempre que possível o estresse so paciente 

Muitos pacientes têm medo e até pânico de anestesias odontológicas. Portanto, em casos de pacientes altamente estressados e ansiosos, é necessário conversar e reduzir o máximo possível o estresse daquele paciente. 

Uma das técnicas é não deixar todo o instrumental à vista do paciente. O dentista sempre trabalha com materiais que podem assustar quem não conhece. Além dos instrumentais de metal, que geram maior estresse, grande quantidade de instrumental à mostra causa maior estresse. 

3 – Não mantenha o anestésico na geladeira 

A injeção de anestésico com temperatura mais baixa, ou seja, quando mantido em geladeira ou quando deixado em contato com ar-condicionado, acaba gerando mais dor ao paciente do que quando o anestésico está em temperatura ambiente, a 25ºC. 

Portanto, a melhor forma de acondicionar os tubetes de anestésico é mantê-los guardados na caixa em que vem em gavetas. 

Somente quando for utilizá-los, remova os tubetes necessários da caixa e faça a desinfecção com álcool 70 do tubete. 

Esse procedimento simples poderá reduzir a dor sentida pelo seu paciente no momento da injeção do anestésico. 

4 – Injete o anestésico lentamente 

A injeção do anestésico odontológico rapidamente gera dor. Isso porque o paciente já sentiu a dor da introdução da agulha, uma dor que não tem muito como escapar. 

Porém, a injeção do anestésico, quando feita de maneira lenta, faz com que a pressão seja reduzida, ou seja, o paciente sentirá bem menos dor do que se esse mesmo anestésico for injetado rapidamente com força. 

5 – Espere a anestesia começar a fazer efeito 

Muitos dentistas, por serem mais apressados, começam imediatamente os procedimentos odontológicos assim que terminam de injetar o anestésico. 

Você deve esperar o anestésico começar a fazer efeito, ou seja, precisar esperar alguns minutos depois da injeção do anestésico para só então iniciar, lentamente, os procedimentos. 

Isso fará que seu paciente sinta menos dor, justamente porque aguardando o tempo de início de ação do anestésico, você garante que quando começar a realizar os procedimentos, a região de escolha da ação esteja devidamente anestesiada. 

6 – Use o anestésico correto na quantidade ideal  

Existem diferentes tipos de anestésicos, sendo o mais comum a lidocaína. Mas existem diversos outros tipos de anestésicos no mercado, como a articaína, prilocaína, mepivacaína e a bupivacaína, esses dois últimos com tempo de duração maior. 

  • Lidocaína 

É o mais comum e tem tempo de início de ação de 2 a 3 minutos após a aplicação. Considerado ideal para procedimentos como restaurações e raspagens subgengivais, sua aplicação não deve ultrapassar 7 mg/kg em pacientes adultos, ao máximo de 500 mg, o que resulta em 13 tubetes. 

A lidocaína é encontrada no mercado nas concentrações de 1% a 2% com e sem vasoconstritor e na forma tópica.  

  • Prilocaína 

Considerada mais tóxica que a lidocaína, começa a agir de 3 a 4 minutos depois. Sua dose máxima não deve ser acima de 400 mg ou 7 tubetes. É encontrada com vasoconstritor felipressina, na concentração de 3%. 

  • Mepivacaína 

Anestésico com maior toxicidade do que a lidocaína, porém com tempo de ação bem maior, sendo essa sua principal vantagem. 

Como seu tempo de ação é maior, é a escolha em procedimentos cirúrgicos como exodontias e procedimentos de colocação de implantes. Não deve ultrapassar 400 mg ou 11 tubetes. 

  • Bupivacaína 

Considerado um anestésico de longa duração, também é utilizado em procedimentos mais longos, tais como em cirurgias. 

A dose máxima é de 10 tubetes ou 90 mg. 

  • Articaína 

Tem baixa toxicidade e sua dose máxima não deve ultrapassar 6 tubetes. 

Portanto, é importante saber qual o tipo de procedimento e sua duração, para escolher o melhor tipo de anestésico e sempre manter-se dentro da quantidade ideal. 

7 – Usar ou não usar vasopressor? 

Embora haja muitos estudos sobre o assunto, geralmente esse é tópico de discussão entre médicos e dentistas. 

A utilização de vasoconstritores (também chamados de vasopressores) está contraindicada em pacientes com hipertensão arterial descontrolada. Porém, com a pressão arterial controlada, o vaso constritor pode ser utilizado, desde que seja adrenalina (1:100.000), não excedendo 2 tubetes, ou felipressina com prilocaína 3%. 

No caso de pacientes com diabetes descompensado a prilocaína com felipressina também é indicada. 

Gestantes têm indicação de lidocaína a 2% com adrenalina, sem ultrapassar 2 tubetes por atendimento. 

Em casos de crianças, o uso máximo de tubetes com ou sem vasopressor é de um tubetes a cada 9kg. 

8 – Complemente a anestesia quando necessário 

Fazendo a técnica correta, de modo lento, com tranquilidade, a necessidade de complementar a anestesia diminui. 

Porém, se isso for necessário, saiba a quantidade máxima de tubetes anestésicos que podem ser utilizados em cada caso e com cada paciente. 

9 – Observar atentamente as reações do paciente

Enquanto aguarda a ação do anestésico, não deixe seu paciente sozinho e observe suas reações. Qualquer reação não esperada, quanto antes percebida, é melhor. 

Reações anafiláticas são raras, mas pacientes que apresentam falta de ar ou síncope devem ser imediatamente transferidos a um centro médico de urgência. 

10 – Usar uma carpule que favoreça à manutenção da cadeia asséptica

Material descartável é sempre a melhor opção quando se pensa em atendimento odontológico. 

No caso da carpule, o calcanhar de Aquiles dos modelos de metal é sua lateral completamente aberta, o que faz com que haja contato do tubete com tecidos bucais. E a utilização de álcool 70 para desinfetar o tubete não é um procedimento de esterilização. 

Assim, com uma seringa carpule descartável, na qual o tubete fica totalmente fechado dentro, em procedimentos como cirurgias, não há quebra da cadeia asséptica, já que a seringa vem esterilizada. 

Dessa forma, a seringa carpule JetClean é sua melhor opção para uma anestesia segura e sem estresse. 

É, sem dúvida, sua melhor opção para uma técnica segura, mais eficiente e com menos dor ao paciente.